Francisco Barreto de Menezes
1616 – 1688
Francisco Barreto de Menezes (Peru 1616 – 21 de janeiro de 1688)
foi um militar e administrador colonial português. Nasceu à época da união
das coroas ibéricas, pois seu pai era o comandante português da Praça de
Callao. Valoroso militar foi escolhido para comandar as tropas luso
brasileiras na Insurreição Pernambucana. Chegou ao Brasil em 1647, foi
preso, mas logrou evadir-se. Mestre-de-Campo-General comandou o
“Exército Libertador ou Patriota” de 25 mil homens, integrado por quatro
Terços, comandados por Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Filipe Camarão, vencendo os holandeses nas memoráveis
Batalhas dos Guararapes, em 1648 e 1649, pelo que recebeu o título de
“Restaurador de Pernambuco”. Foi Governador de Pernambuco e,
posteriormente, de 1657 a 1663, Governador- Geral do Brasil, sucedendo
ao conde de Atouguia, D. Jerônimo de Ataíde. João Fernandes Vieira
Funchal, (1613 – Olinda 1681) foi um dos principais chefes militares nas
lutas pela expulsão dos holandeses de Pernambuco. Em 1645 foi o primeiro
signatário do pacto então selado com o nome de “Compromisso imortal”,
nos seguintes termos:
“Nós abaixo assignados nos conjuramos, e promettemos, em serviço
da liberdade, não faltar, a todo o tempo que for necessário, com toda
ajuda de fazendas e de pessoas, contra qualquer inimigo, em restauração
da pátria; para o que nos obrigamos a manter todo o segredo que
n’istoconvêm; sô pena de quem o contrário fizer ser tido como rebelde e
traidor, e ficar sujeito ao que as leis, em tal caso, permittam. E debaixo
d’este compromettimento nos assignamos em 23 de maio de 1645”.
Este pacto figura o vocábulo pátria, que pelo conhecimento
histórico, pela vez primeira é utilizado em terras brasileiras. Na função de
Mestre-de-Campo, comandou o mais poderoso Terço do Exército Patriota
nas duas Batalhas dos Guararapes. Por seus feitos, foi aclamado Chefe
Supremo da Revolução e Governador da Guerra da Liberdade e da
Restauração de Pernambuco.